Medo de elevador – Tratando a fobia com hipnose

Quando a Janaína chegou para a sessão, fomos entrar no elevador e ela falou: "Não, não quero" É isso

Começo a sentir frio, palpitação, depois começo a sentir calor e o medo de entrar entrar, se a porta continuar aberta, eu até entro Mas quando fecha a porta e fecha começo a pensar: "Meu Deus, e se esse elevador não abrir na hora que ele precisar abrir? Vou querer sair" Então o fato de querer sair e não poder, começo a sentir essa coisa então penso que vou morrer porque sinto falta de ar, a mão começa

corpo inteiro começa a tremer, fraqueza, parece que vou desmaiar e essa é a parte mais difícil Não dá, não consigo No seu dia a dia, frequentemente você precisa usar o elevador e não usa por conta disso? Se eu estiver passando por uma situação, por exemplo, um lugar muito alto, onde preciso ir ao décimo andar

Então ficarei ali lutando contra esse sentimento, e no momento em que vier uma pequena coragem fecho o olho e vou Caso contrário, subo tudo de escada Quer tentar subir pelo elevador? Estou com medo! Aí meu Deus! Tenho Minha perna agora está O corpo inteiro Estou com vontade de chorar A fobia é um medo exagerado Um nível de estresse muito alto que é irracional, que paralisa

Geralmente paralisa algumas áreas da vida da pessoa Por exemplo, relacionamento, não consegue trabalhar ou não consegue executar alguma ação, não consegue andar de elevador, não consegue andar de carro, não consegue andar de avião

ela estava deixando de fazer várias coisas, estava mudando muito os hábitos da vida dela em função disso Quando que me atrapalha? Em momento de lazer, por exemplo, quero fazer uma viagem para Disney Não vou conseguir ir agora, porque não vou conseguir entrar no avião

Tudo! Tudo que eu faço me faz pensar nessas coisas Se vou me sentir confortável em algum lugar Porque se for para não me sentir confortável, prefiro não ir Os principais tratamentos que devem ser feitos são procurar um psicólogo ou psiquiatra, muitas vezes é importante fazer um acompanhamento medicamentoso, específico com um psiquiatra, e também fazer uma psicoterapia Em geral, a psicoterapia comportamental é bem indicada para problemas específicos de comportamento, como no caso da fobia

Antes da hipnose o único tratamento que tentei fazer foi com uma psicóloga Fizemos terapia durante, aproximadamente, 1 ano Tive uma pequena evolução mas não foi definitiva Quando trabalhamos atuando diretamente na causa do problema e usamos a hipnose, ou seja, estamos resgatando as informações que estão gravadas no subconsciente da pessoa O subconsciente não sabe a diferença entre um perigo real para um imaginário

Então se em uma terapia, por exemplo, eu tento lidar com aquilo de uma maneira consciente: "na próxima vez que eu entrar em um elevador vou respirar, vou interpretar aquilo de uma outra forma pois sei que aquilo não vai me prejudicar" Isso não é o suficiente porque há uma emoção gravada e associada a essa situação, que está no subconsciente Por mais que a pessoa tente, e ela faz, realmente, esse esforço, como já fez e obteve algum progresso porém não o suficiente, então ela não consegue controlar totalmente essa emoção Porque quando ela vê a porta do elevador ou aquela cena que para o subconsciente dela é uma ameaça, é um perigo, aquela emoção vem e ela não consegue se controlar Hoje a hipnose é regulamentada pelo CNP, ela faz parte da psicologia

É uma das técnicas mais antigas que existem A hipnose é extremamente eficaz, porque, na verdade, a fobia está associada a um evento externo à uma memória interna De repente um fator externo qualquer pode desencadear aquela memória que estava guardada ali, arquivada, no inconsciente, no subconsciente, e assim despertar uma série de reações comportamentais físicas e emocionais Então, com o cliente em hipnose, peço para que ela traga essa emoção que está associada ao problema, o sintoma que ela sente Com essa emoção peço para que ela volte à primeira vez que a mente dela conheceu essa emoção

O fato que gerou essa fobia, na verdade foi um fato que aconteceu na infância Que é uma coisa até simples Meu tio me segurava para me fazer cosquinhas Do fato de que ele me segurava e eu não conseguia sair, me faziam sentir as mesmas sensações que tenho quando estou dentro do elevador ou dentro de qualquer outro lugar onde eu esteja fechada Nesse episódio em que a Janaína voltou, nesse evento em que ela estava com o tio dela, tinha 4 anos, onde ele fazia cosquinha e ela se sentiu presa, sem ar, o que acontece? A mente dela gravou essa informação, de sentir-se presa, aquela sensação de não conseguir sair

como ela gostava do tio, também havia uma questão onde ela não queria decepcioná-lo ao tentar sair daquela situação Então o que acontece na nossa mente, a repetição dessa mesma sensação que ela teve de sentir-se presa, de não conseguir sair, reforçam esse primeiro evento que aconteceu aos 4 anos Uma coisa que eu costumo falar para as pessoas é que a fobia não é o indivíduo

A fobia não é aquela pessoa Ela está, naquele momento, vivendo com aquela pessoa e está atrapalhando a vida dela É passageira, vai passar, se você procurar ajuda Quando a Janaína saiu e foi pegar o elevador para ir embora, ela ainda estava um pouco receosa de entrar de novo no elevador e de sentir-se confortável, porque é claro, nossa mente consciente e subconsciente têm que trabalhar juntas Conscientemente aquilo para ela talvez ainda representasse um perigo

Então eram situações em que, normalmente, ela evitaria de entrar no elevador Mas não há mais aquela programação Então isso, com o decorrer do tempo, onde ela vai se colocar nessas situações de uma forma em que ela saiba que não há nada mais que a impeça de entrar no elevador e sentir-se segura, então isso reforça positivamente o trabalho que fizemos hoje Quando entrei no elevador, fiquei de costas e falei: "Não vou olhar a porta fechar" A Dani falou: "Não, olha para porta, isso acabou

" Virei-me, olhei para a porta e fui